Abaeté / MG - sexta-feira, 25 de julho de 2025

Entenda sua Doença

Sou hipertenso. O que fazer?

 

A hipertensão é uma doença que atinge um grande número de pessoas em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, estima-se que 15% a 20% da população adulta possa ter pressão alta. Embora o problema ocorra predominantemente na fase adulta, o número de crianças e adolescentes hipertensos vem aumentando a cada dia.

Este texto visa informar e esclarecer algumas dúvidas básicas que os pacientes possam ter ao longo deste processo, além de fornecer orientações de prevenção e melhorias dos hábitos do dia-a-dia.

É um material livre para cópia e divulgação.

 
 
 
 

 

O que é hipertensão arterial?

 
 

 

A pressão alta (hipertensão arterial) caracteriza-se pela presença de níveis de pressão arterial elevados associados a alterações no metabolismo do organismo, nos hormônios e nas musculaturas cardíaca e vascular.

Considerada um dos principais fatores de risco de doença, é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho em nosso meio. É uma condição de causas multifatoriais que deve receber a atenção e o cuidado de todos. Atualmente observamos a ampliação e o aperfeiçoamento dos métodos de diagnóstico, de tratamento e da abordagem multiprofissional do paciente hipertenso. Também é importante considerar a implementação de estratégias que visem prevenir a doença antes que ela ocorra.


 
 
 

 

O que contribui para o aparecimento da hipertensão?

 
 
 

 

O aumento da pressão arterial com a idade não representa um comportamento fisiológico normal do seu organismo. A prevenção desse aumento constitui o meio mais eficiente de combater a hipertensão arterial, evitando-se as dificuldades e o elevado custo social de seu tratamento e de suas complicações.

Pesquise se em sua família existem pessoas hipertensas. Caso faça parte deste grupo, procure orientação sobre como começar a agir para dificultar o aparecimento desta característica em seu organismo.

A ocorrência de níveis elevados de pressão arterial é facilitada pelo estilo de vida: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessivo consumo de álcool. Os dois últimos fatores de risco são os que mais contribuem para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade, que estão diretamente relacionados à elevação da pressão arterial. O papel do teor de cálcio, magnésio e proteína da dieta na prevenção da pressão arterial ainda não está definido.

O estresse psicológico e o sedentarismo ainda aguardam provas mais definitivas de participação como fatores de risco, embora existam evidências de que sua modificação pode ser benéfica no tratamento da hipertensão arterial.

Uma vez hipertenso, o paciente deve saber como fazer para prevenir as complicações da pressão alta, como as doenças do coração e dos vasos sangüíneos. No passado, era difícil diagnosticar e controlar a pressão arterial, mas atualmente os estudos científicos já definiram que pequenas mudanças no seu dia-a-dia são capazes de tornar sua vida melhor. Basta conhecê-las e aplicá-las.

O aumento do risco cardiovascular ocorre também pela agregação de outros fatores, tais como tabagismo e dislipidemias - alterações nos níveis de colesterol e triglicérides, intolerância à glicose e diabetes melito.

 
 

 

O que fazer para prevenir e controlar a pressão alta?


 

 

 

Controle do peso


 
 
 

Confira o seu índice de massa corporal. Basta fazer o cálculo do seu peso em quilogramas dividido pelo quadrado da sua altura em metros. O resultado deve estar situado em um índice de massa corporal entre 20 kg/m² e 25 kg/m².

Para manter o seu peso em uma faixa de peso ideal você deve seguir uma dieta hipocalórica balanceada orientada individualmente por um nutricionista, evitando o jejum ou o uso de dietas "milagrosas", que causam mais danos ao organismo que benefícios. Esta dieta deve constituir-se de uma mudança em busca da ingestão de alimentos mais saudáveis que respeitem suas preferências.

O aumento de atividade física diária deve estar associado à mudança de hábitos alimentares. Esta prática deve ser orientada e estimulada por profissionais com treinamento específico e com prévia avaliação médica.

O uso de anorexígenos - remédios para emagrecer - não é aconselhável pelo risco de complicações cardiovasculares. Esses objetivos devem ser permanentes, evitando-se grandes e indesejáveis flutuações do peso.

A perda de peso é muito importante, mas não mais que a manutenção do peso alcançado com as mudanças de hábitos citadas acima.


 
 
 
 
 

Redução da ingestão de sal (cloreto de sódio)


 
 
 

Limitar a ingestão diária de sódio ao máximo de 2,4 g de sódio ou 6 g de cloreto de sódio (uma colher de chá). Esse total deve incluir o sódio contido nos alimentos naturais e manufaturados. O sal é considerado um fator importante no desenvolvimento e na intensidade da hipertensão arterial. Sua restrição também está associada a uma redução da mortalidade por acidente vascular encefálico e regressão da hipertrofia ventricular esquerda - aumento da musculatura do ventrículo esquerdo do coração.

Na prática, devem ser evitados alimentos enlatados, conservas, embutidos e defumados. Utilizar o mínimo de sal no preparo dos alimentos, além de evitar o uso de saleiro à mesa, durante as refeições. Para que o efeito hipotensor máximo da restrição salina se manifeste, é necessário um intervalo de pelo menos 8 semanas.

 

 


 

Exemplos de alimentos ricos em sal:


 
 
 

Sal de cozinha (cloreto de sódio) e temperos industrializados;

Alimentos industrializados (ketchup, mostarda, molho shoyu, caldos concentrados);

Embutidos (salsicha, mortadela, lingüiça, presunto, salame, paio);

Conservas (picles, azeitona, aspargo, palmito);

Enlatados (extrato de tomate, milho, ervilha);

Bacalhau, carne seca, defumados;

Aditivos (glutamato monossódico) utilizados em alguns condimentos e sopas de pacote;

Queijos em geral.

 


 
 
 
 

 

Aumento da ingestão de potássio

 
 

 

É recomendável que a ingestão diária de potássio fique entre 2 e 4g, contidos em uma dieta rica em frutas e vegetais frescos.

A ingestão do potássio pode ser aumentada pela escolha de alimentos pobres em sódio e ricos em potássio (feijão, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja).

Existe a possibilidade de o potássio exercer efeito anti-hipertensivo, ter ação protetora contra danos cardiovasculares e servir como medida auxiliar em pacientes submetidos a terapia com diuréticos - que expoliam o potássio, desde que não existam contra-indicações.

 

 

 


 

Redução ou abandono da ingestão de álcool

 
 

 

O consumo excessivo de álcool eleva a pressão arterial, causa variações nos níveis pressóricos, aumenta a prevalência de hipertensão, é fator de risco para acidente vascular encefálico, além de ser uma das causas de resistência a medicamentos anti-hipertensivos.

Para os hipertensos do sexo masculino que fazem uso de bebida alcoólica, é aconselhável que o consumo não ultrapasse 30 ml de etanol/dia, contidos em 60 ml de bebidas destiladas (uísque, vodca, aguardente, etc.), 240 ml de vinho ou 720 ml de cerveja. Em relação às mulheres e indivíduos de baixo peso, a ingestão alcoólica não deve ultrapassar 15 ml de etanol/dia - metade do preconizado para os homens. Aos pacientes que não conseguem se enquadrar nesses limites de consumo, sugere-se o abandono do consumo de bebidas alcoólicas.

 
 
 

 

Prática regular de exercícios físicos


 
 
 

Praticar exercícios físicos aeróbios por um período de 30 a 45 minutos por dia, três a cinco vezes por semana é um bom começo.

O exercício físico regular reduz a pressão arterial, além de contribuir para a diminuição do peso corporal e de ter ação coadjuvante no tratamento das dislipidemias, da resistência à insulina, do abandono do tabagismo e do controle do estresse. Contribui, ainda, para a redução do risco de indivíduos normotensos desenvolverem hipertensão.

O baixo nível de condicionamento físico está associado a maior risco de óbito por doenças coronarianas e cardiovasculares em homens sadios, independentemente dos fatores de risco convencionais.

Exercícios isométricos, como levantamento de peso, não são recomendáveis para indivíduos hipertensos. Pacientes em uso de medicamentos anti-hipertensivos que interferem na freqüência cardíaca (como, por exemplo, betabloqueadores) devem ser previamente submetidos a avaliação médica.

 
 
 
 

 

Suplemento de cálcio e magnésio


 
 
 

Manter ingestão adequada de cálcio e magnésio. A suplementação dietética ou farmacológica desses cátions ainda não tem embasamento científico suficiente para ser recomendada como medida preventiva.

A manutenção de ingestão adequada de cálcio é uma medida recomendável na prevenção da osteoporose.

 
 
 
 

 

Combate ao tabagismo


 
 
 

O cigarro eleva agudamente a pressão arterial e favorece o desenvolvimento e as complicações da aterosclerose - doença crônica e degenerativa que leva à obstrução das artérias por depósito de gorduras em seu interior. A interrupção do fumo reduz o risco de acidente vascular encefálico - derrame, de doença isquêmica do coração - infarto, de doença vascular arterial periférica - trombose e de morte súbita.

A exposição ao fumo (tabagismo passivo) também deve ser evitada, pois o tabagismo é a mais importante causa modificável de morte.

 

 

 

 


 

Dislipidemias


 
 
 

A hipercolesterolemia - aumento do colesterol ruim no sangue ou LDL-colesterol é um dos maiores fatores de risco cardiovascular. Os alimentos ricos em colesterol ou em gorduras saturadas são: porco (banha, carne, bacon, torresmo), carne de gado com gordura visível, lingüiça, salame, mortadela, presunto, salsicha, sardinha, miúdos (coração, moela, fígado, miolos, rim), dobradinha, caldo de mocotó, frutos do mar (camarão, mexilhão, ostras), pele de frango, couro de peixe, leite integral, creme de leite, nata, manteiga, gema de ovo e suas preparações, frituras com qualquer tipo de gordura, óleo, leite e polpa de coco, azeite de dendê, castanhas, amendoim, sorvetes, chocolate e derivados.

O HDL-colesterol - conhecido como bom colesterol - quando está baixo, pode ser aumentado em resposta à redução do peso, à prática de exercícios físicos e à suspensão do hábito de fumar.

O aumento dos triglicerídeos deve ser tratado com as medidas dietéticas referidas anteriormente, acrescidas da redução da ingestão de carboidratos simples e de bebidas alcoólicas. Quando necessário, recomenda-se o uso de fibratos, prescritos por seu médico.

Entre os alimentos que aumentam os triglicérides estão todas as preparações que contenham açúcar. Mel e derivados, cana de açúcar, garapa, melado, rapadura, bebidas alcoólicas e todos os alimentos ricos em gordura.

Como medidas dietéticas gerais recomenda-se aumentar o conteúdo de fibras da dieta, substituir os carboidratos simples (açúcar, mel e doces) pelos complexos (massas, cereais, frutas, grãos, raízes e legumes), restringir bebidas alcoólicas, reduzir a ingestão de gorduras saturadas, utilizando preferencialmente gorduras mono e poliinsaturadas na dieta.


 
 
 
 
 



 

Intolerância à glicose e diabetes melito


 
 
 

Resistência à insulina e diabetes melito são condições freqüentemente associadas à hipertensão arterial, favorecendo a ocorrência de doenças cardiovasculares, principalmente coronarianas. Sua prevenção tem como base a redução da ingestão calórica, a prática regular de exercícios físicos aeróbios e a redução da ingestão de açúcares simples.

 

 

 

 


 

Menopausa

 
 

 

A diminuição da atividade estrogênica - estrôgenio é um dos hormônios femininos - após a menopausa aumenta de duas a quatro vezes o risco cardiovascular. A reposição hormonal provavelmente diminui esse risco, exercendo efeito favorável sobre o perfil lipídico (diminuição do LDL-colesterol e aumento do HDL-colesterol), sem efeito significativo sobre a pressão arterial. Converse com seu ginecologista sobre isto.

 

 

 

 


 

Estresse oxidativo


 
 
 

Acumulam-se evidências de que o estresse oxidativo é um fator de risco relevante para doença cardiovascular, podendo associar-se com dieta hipercalórica e pobre em frutas e vegetais. A correção desse desvio alimentar pode minimizar esse risco. Todavia, a recomendação para suplementar antioxidantes requer evidências mais consistentes.


 

 

 

 

Estresse psicológico

 
 

 

A redução do estresse psicológico é recomendável para diminuir a sobrecarga de influências neuro-humorais do sistema nervoso central sobre a circulação. Contudo, a eficácia de técnicas terapêuticas de combate ao estresse com vistas à prevenção e ao tratamento da hipertensão arterial ainda não está estabelecida universalmente.

Há evidências de possíveis efeitos do estresse psicossocial na pressão arterial relacionadas a "condições estressantes", tais como pobreza, insatisfação social, baixo nível educacional, desemprego, inatividade física e, em especial, aquelas atividades profissionais caracterizadas por altas demandas psicológicas e baixo controle dessas situações.

Técnicas de relaxamento, tais como ioga, biofeedback, meditação transcendental, tai chi chuan e psicoterapia, não são superiores a técnicas fictícias ou a automonitorização.


 

 

 

 

 

 

Medicamentos que podem aumentar a pressão arterial


 
 
 

Algumas medicações podem infuenciar a sua pressão. Se você faz uso de algum dos medicamentos citados abaixo, converse com o seu médico. Ele saberá como você deve agir.

Anticoncepcionais orais, antiinflamatórios não-esteróides, anti-histamínicos e descongestionantes, antidepressivos tricíclicos, corticosteróides, esteróides anabolizantes, vasoconstritores nasais, carbenoxolona, ciclosporina, inibidores da monoaminoxidase (IMAO), chumbo, cádmio, tálio, alcalóides derivados do "ergot", moderadores do apetite, hormônios tireoideanos (altas doses), antiácidos ricos em sódio e eritropoetina.

 

 

 


 

Outras dicas de dieta


 
 
 

Recomenda-se aumentar o conteúdo de fibras da dieta (grãos, frutas, cereais integrais, hortaliças e legumes, preferencialmente crus).

Preparar as carnes de aves sem a pele e os peixes sem o couro, retirar a gordura visível das carnes vermelhas, evitar o uso de gorduras saturadas no preparo dos alimentos, dar preferência aos produtos desnatados e às margarinas cremosas.

São exemplos de óleos insaturados: soja, canola, oliva, milho, girassol e algodão, preferencialmente os três primeiros.

 

Evitar o uso de óleo de coco e dendê.

Evitar frituras. Ingerir alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados.

Preferir ervas, especiarias e limão para temperar os alimentos.

Note que os alimentos não são proibidos na sua dieta. Todos nós temos direito a um churrasquinho no final de semana junto com os amigos. O que deve estar na sua mente é que é possível ficar bem com uma dieta mais equilibrada. O benefício para o seu organismo compensa o seu esforço de mudança. Você se sentirá mais ativo e com mais disposição para as tarefas diárias. Sua produtividade vai aumentar e, com ela, todos os resultados serão alcançados mais rapidamente.

 
 
 
 
 

 

Mude seus hábitos e viva tranqüilo


 
 
 

Essas medidas preventivas devem ser adotadas desde a infância. Toda a família deve participar e colaborar na melhoria da qualidade de vida. Uma vez que bons hábitos são adquiridos, fica fácil mantê-los. Controle do peso, dieta balanceada e prática de exercícios físicos regulares são medidas simples, que, quando implementadas desde fases precoces da vida, representam benefício potencial sobre o perfil de risco para doenças cardíacas e vasculares.

A presença de fatores de risco não-modificáveis, tais como homens com mais de 45 anos e mulheres com mais de 55 anos, parentes de primeiro grau com doença coronariana em idades prematuras (homens com menos de 55 anos e mulheres com menos de 65 anos), significa que é necessário um maior rigor no controle dos fatores de risco modificáveis.

Uma equipe de apoio com profissionais de especialidades diferentes como nutricionistas, enfermeiros, médicos e professores de educação física podem auxiliá-lo a seguir um programa preparado especialmente para você.

Também é interessante participar de grupos de hipertensos para conhecer pessoas que, na mesma situação, muitas vezes se adaptam de forma prazerosa às novas atividades. Também é uma ótima oportunidade para criar novos amigos.

 

 

 

 

Eu tenho diabetes. E agora?


 
 

Cerca de 16 milhões de brasileiros são diabéticos, o que representa cerca de 8% do total de nossa população. Mais de 18 milhões de americanos têm diabetes e outros 41 milhões têm o chamado pré-diabetes. Você não está sozinho.


 

Ter diabetes é estar em uma situação complexa, mas a boa notícia é que você pode prevenir ou retardar as complicações desta doença com pequenas mudanças em seu estilo de vida. Leva tempo para adquirir as habilidades necessárias para controlá-la, mas existem especialistas que podem te ajudar. Pergunte ao seu médico onde encontrá-los. Outra opção são os grupos de suporte em diabetes, nos diversos sites de interesse existentes. Você se surpreenderá com tudo que pode aprender e verá como é fácil controlar as alterações na sua glicemia. Tudo isso vai contribuir para a melhoria no seu estilo de vida. Portanto, é necessário que você tenha uma noção básica do que está vivendo. Aqui estão algumas informações relevantes.

 

 


 

O que é pré-diabetes?

 
 

 
 
 

É uma condição em que os níveis de glicose são mais altos que o normal, mas não tão altos para dar o diagnóstico de diabetes tipo 2 (o tipo mais freqüente). Pessoas com pré-diabetes têm maiores riscos para desenvolver diabetes tipo 2, doenças do coração e derrames (acidentes vasculares cerebrais). Uma vez cientes desta condição, podem iniciar medidas preventivas.

 

 


 

O que é diabetes?

 
 

 

Diabetes melito tipo 2 é o tipo mais comum nos Estados Unidos. Ele afeta quase 90% das pessoas que têm diabetes. Ocorre quando o nível de glicose (açúcar) no sangue fica muito alto. A glicose é o combustível que as células do corpo usam para obter energia. O diabetes tipo 2 ocorre quando não há produção suficiente de insulina por um órgão chamado pâncreas ou porque o corpo se torna menos sensível à ação da insulina que é produzida - a chamada resistência à insulina. A insulina ajuda o corpo a levar a glicose para dentro das células. A maioria das pessoas que têm diabetes do tipo 2 apresentam idade superior a 40 anos, possuem sobrepeso e estão fora de forma. O controle de peso, o aumento da atividade física e, em alguns casos, o uso de medicamentos pode melhorar os níveis de glicose no sangue. O diabetes não pode ser curado, mas pode ser controlado. Controlando os níveis de glicose no sangue, as complicações do diabetes, como doenças do coração, cegueira e complicações renais podem ser prevenidas ou postergadas.

 
 
 
 

 

Objetivos do tratamento


 
 
 

O objetivo principal do manejo do diabetes é o controle dos níveis de glicose no sangue. Este nível deve ser mantido entre 80-120 mg/dl antes das refeições, segundo a Associação Americana de Diabetes. Seu médico irá recomendar o nível desejado para você. Mantendo seu nível de açúcar no sangue o mais próximo possível do seu alvo, você vai conseguir manter-se saudável. Outros objetivos recomendáveis para pessoas que têm diabetes são a redução dos níveis de pressão arterial e a diminuição dos níveis de colesterol e de triglicérides (gorduras no sangue). Se eles estiverem altos, você corre mais risco de sofrer um problema no coração ou um derrame. Para os diabéticos fumantes, a melhor opção é parar de fumar. Este hábito acelera todos os problemas associados ao diabetes, porque diminui o fluxo sangüíneo e a oxigenação das células. Outro cuidado é evitar o uso de medicamentos que podem agredir o pâncreas como cortisona e diuréticos tiazídicos.


 

 

 

 

 

 

Problemas dietéticos


 
 
 

A escolha da sua alimentação vai afetar o controle do seu diabetes. Alimentos que contenham açúcar natural ou adicionado vão alterar mais os seus níveis de glicose que os alimentos que têm principalmente proteína e gordura. Um nutricionista pode ajudá-lo a preparar um planejamento de refeições saudáveis com uma variedade de alimentos, levando em conta seus alimentos prediletos.

Controlar a quantidade de calorias ingeridas é importante para o controle do diabetes. Uma perda de peso de apenas 5 a 10 quilos pode fazer grande diferença no controle de seu nível de glicose sangüínea e de sua pressão arterial. Beber bastante água, ingerir alimentos ricos em fibras e comer menos gorduras irá ajudar. Observar a ingestão de sal (sódio) também auxilia se você têm pressão arterial alta (hipertensão). Limitar a ingestão de gorduras sólidas ajuda a controlar seus níveis de colesterol.

A maioria das pessoas pensa que comer a mesma quantidade de alimentos em tempos mais ou menos idênticos a cada dia ajuda a controlar seus níveis glicêmicos. Pular refeições é uma má idéia, especialmente se você usa medicamentos para diabetes. A falta de uma refeição também pode fazer com que você coma mais na próxima refeição, aumentando o ganho de calorias. Você não precisa comprar alimentos especiais para diabéticos. O planejamento de suas refeições com um nutricionista vai ser bom para você e para toda a sua família.

 
 
 
 
 

 

Fazer uma atividade física é muito importante


 
 
 

Níveis sangüíneos adequados de glicose e controle de peso são difíceis de serem alcançados sem uma atividade física regular. Atividades físicas podem incluir apenas uma maior movimentação no seu dia-a-dia, dirigir menos e andar mais, trocar o elevador pelas escadas, fazer serviços de jardinagem ou passear com o seu cachorro. Todas elas aumentam o gasto de calorias.

Um programa de atividade física regular também é muito bom. Para a perda de peso, exercícios que aumentam a freqüência cardíaca de acordo com limites estabelecidos para a sua idade ajudam a obter melhores resultados. Boas escolhas são caminhadas em ritmo acelerado, natação, exercícos aeróbios na água e ciclismo. Se você não está se exercitando regularmente ultimamente, visite um médico antes de começar. Os resultados deste checkup ajudarão a escolher a atividade mais apropriada para você. O objetivo é fazer mais de alguma coisa que você goste. Você deve praticar atividades físicas pelo menos 5 dias na semana. Exercícios com seu parceiro(a) ou com um grupo de amigos pode ajudar a aumentar sua atividade física e seu prazer. Você vai conhecer melhor seus níveis de glicose quando praticar seus exercícios sempre no mesmo horário do dia.

 
 
 
 
 

 

Monitorização dos níveis de glicose sangüínea


 
 
 

A monitorização da sua glicemia é o único meio de saber se o seu diabetes está sob controle. A sua equipe médica lhe dirá a freqüência com que ela deve ser checada. Estas informações vão lhe ajudar a ver padrões de controle do seu diabetes. Se você tiver três valores nos mesmos horários a cada dia que estiverem acima ou abaixo do seu alvo, você pode mudar a sua alimentação, exercícios ou medicações habituais. Registrando suas medidas de glicemia, o que você come, o que você fez neste dia e quanto de medicamento você tomou ajudará você a identificar outros padrões.

Há muitos monitores de controle disponíveis. Um farmacêutico ou um especialista em diabetes pode te ajudar a decidir qual o melhor para você. Sempre leve o seu monitor e o registro de suas glicemias com você quando for visitar o seu médico. Eles podem testar se seu monitor está funcionando perfeitamente e se você está checando-o corretamente. Também é válido levar anotadas as medicações que está usando ou, se usa insulina, qual a dose e os horários habituais. Para isso, guarde as prescrições de seu médico e exija dele que seu receituário seja feito de maneira legível.


 

 

 

 

 

 

Escolha de medicamentos


 
 
 

Novos medicamentos para diabetes aparecem todos os dias. Seu médico vai decidir qual a medicação mais apropriada para você. Algumas pessoas com diabetes tipo 2 podem controlar a glicemia apenas com mudanças na alimentação ou com o aumento de atividades físicas, sem necessitarem usar medicações ou insulina por um longo tempo. As medicações precisam de modificações periódicas. Por isso, você pode ter que mudar de remédios mais de uma vez. A monitoração das glicemias é essencial para decidir quais as melhores medicações a serem adotadas.

Cada tipo de comprimido para diabetes funciona de maneira diferente. Eles não são insulina. Dentre os variados efeitos destes remédios podemos destacar a produção de mais insulina pelo pâncreas, a diminuição da absorção de carboidratos e o aumento da sensibilidade do organismo à ação da insulina. Você pode necessitar de um ou mais destes medicamentos para controlar sua diabetes.

Às vezes o controle glicêmico só é obtido com injeções de insulina. Algumas pessoas necessitam receber esta substância ao mesmo tempo em que fazem uso de medicamentos. A freqüência com que você recebe insulina depende de quanto o seu corpo ainda produz e de como o seu médico pretende controlar o seu nível glicêmico. Tipos diferentes de insulina têm tempo de ação diferente. Sua equipe médica dirá quanto de cada tipo você necessita e com que freqüência.

É importante aprender a técnica correta de uso das injeções de insulina e sempre modificar o local do corpo onde são aplicadas para evitar problemas degenerativos. Os melhores locais para aplicação são a barriga, exceto a área de 5 cm ao redor do umbigo; região superior das nádegas, face anterior e lateral das coxas, região lateral e posterior do braço.

A utilização de canetas de administração de insulina tem facilitado para o indivíduo diabético atingir um bom controle glicêmico. A precisão das doses administradas, associada à grande satisfação dos usuários deste método de aplicação, tem disseminado seu emprego em todo o mundo.

 

 

 

 

 


 

Mude seus hábitos e viva tranqüilo

 
 

 
Receber o diagnóstico de diabetes atualmente significa readaptar hábitos e estilo de vida. Os avanços científicos na área possibilitam tratamentos para todos os tipos de casos. Esta é uma oportunidade para você prestar mais atenção à sua saúde e adquirir responsabilidades sobre as mudanças que podem conduzir a vários anos de vida melhor aproveitados.